O 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, traz consigo simbolismos de toda natureza. O marco histórico foi uma tragédia humana e social, quando 129 operárias foram carbonizadas numa fábrica em Nova Iorque em 1857. De lá pra cá, a sociedade é outra.
Agora, as conquistas como o direito a voto, ao trabalho justo e remunerado, licença-maternidade, o sufrágio feminino, a valorização da estética e a efetivação da sua cidadania são processos que, se de um lado já estão consolidados, de outro, ainda há muito ainda para se fazer.
A luta permanente da mulher na sociedade é uma conquista civilizatória. Nas relações sociais, no ambiente doméstico e familiar e na vida corporativa, ainda há muito que fazer. Talvez o preconceito descarado esteja sendo vencido, mas o argumento velado de que existem assuntos não pertinentes ao universo feminino, infelizmente, ainda persistem.
Os paradigmas são quebrados cotidianamente. A mulher possuiu alma própria, identidade e quer no plano profissional alçar sempre novos desafios. Assim é a história, portanto, a vitimização não faz parte do universo feminino. E o que integra a mulher na sociedade é a sua luta, o esforço dobrado (trabalho e família) e a sua beleza interior.
Já dizia a escritora e jornalista Clarice Lispector, nascida na Ucrânia e naturalizada brasileira: “Sejam vocês mesmas! Estudem cuidadosamente o que há de positivo ou negativo na sua pessoa e tirem partido disso. A mulher inteligente tira partido até dos pontos negativos”.
Mas se analisarmos a nossa sociedade, em razão da separação em classes sociais existente, percebemos que a violência contra a mulher, a exploração sexual, o preconceito e a discriminação, embora atinja todos os segmentos, é muito mais agressiva naquelas menos abastadas economicamente. Delegacias da Mulher, Tribunais de Justiça e suas estatísticas estão aí pra confirmar esta triste realidade.
Nesse aspecto, devemos considerar que hoje, sem sombra de dúvidas, a data 8 de março é mais que um simples dia de celebração. É, na verdade, uma inegável oportunidade para o mergulho consciente nas profundas reflexões sobre a situação da mulher: sobre seu presente concreto, seus sonhos, seu futuro real. É dia para pensar, repensar e organizar as mudanças em benefício da mulher e, consequentemente, de toda a sociedade.
Nós, enquanto Poder Público, temos a obrigação de reafirmar o nosso compromisso com a cidadania. O dia 08 de março simboliza a vida, um universo próprio, que todos nós temos o dever estar ao lado e juntos - em prol de um mundo cada vez melhor. Caminhemos, então, todos juntos!
Parabéns às mulheres, esse dia pertence a todos nós.
Dr. Campos
Presidente do Camprev