Sueli Marcolino

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A história de Sueli Marcolino com a Prefeitura de Campinas começou cedo, aos 6 anos, quando acompanhava seu pai, varredor de rua contratado pela Prefeitura, para receber o pagamento em espécie, no local onde hoje funciona a biblioteca. "Eu dizia ao meu pai que um dia trabalharia na Prefeitura", lembra Sueli.

Esse sonho de infância se concretizou, e assim começou a trajetória de uma servidora que dedicou de sua adolescência até a maturidade à Prefeitura de Campinas, aposentando-se só oito anos após ter adquirido o direito.

Ao longo de 40 anos de serviço, Sueli trabalhou em dois postos de saúde, onde aplicava vacinas e injeções, chegando a atender a comunidade até mesmo nos fins de semana em sua própria casa e terminou sobre os aplausos da orquestra sinfônica em maio deste ano.

Aos 13 anos, Sueli iniciou sua carreira na "guardinha" (Guarda Mirim) e, por sorte, foi encaminhada para a Prefeitura, na Secretaria de Saúde. Durante esse período, engravidou e teve que sair, mas o então secretário de saúde Sebastião de Moraes prometeu que ela retornaria. Essa promessa foi transmitida para os dois secretários que entraram posteriormente e em 1986 a promessa foi comprida e ela voltou.

"Quando fui contratada, o prefeito Magalhães Teixeira me chamou ao gabinete e disse para eu agarrar aquela oportunidade com todas as forças, e foi isso que fiz até me aposentar", recorda.

Sueli foi trabalhar no posto de saúde do Valença como auxiliar de saúde, onde desempenhou diversas funções, desde varrer o chão quando precisava até aplicar injeções, muitas vezes fora do horário de expediente, devido à precariedade do acesso ao serviço público na época.

Mais tarde, devido a um problema de saúde, Sueli foi transferida para a Secretaria de Cultura e chegou então na Orquestra Sinfônica onde ela pôde mostrar mais ainda a sinfonia de uma servidora que dedicou toda sua vida ao serviço público. Lá ela acompanhou os maestros, viajou e passou toda sua maturidade até se render à aposentadoria. “Eu tinha direito de me aposentar há oito ano. Mas a única coisa que eu fiz na vida foi trabalhar, não vi nem meus filhos crescerem. Então precisei me preparar para não adoecer.”, revela.

Hoje Sueli está dedicando mais à família, especialmente aos netos, compensando o tempo que não pôde dedicar aos filhos.

Mas, o sonho daquela menina que ia com o pai receber o pagamento todo mês, repetindo que um dia trabalharia na Prefeitura, foi realizado como a força de uma orquestra, vibrando nos acordes da oportunidade que teve de servir.

Resumo
O sonho de infância dela se concretizou e começou a trajetória de uma servidora que dedicou de sua adolescência até à velhice à Prefeitura