Fazer História faz parte da vocação do servidor Sebastião Vitor Rosa, o Tião Mineiro de Campinas.
Ele, que ajudou a construir o Paço Municipal, o Centro Médico e a Defesa Civil com as suas próprias mãos, também ajudou e, muito, a construir o legado cultural de Campinas.
Assim como muitos migrantes que vieram para Campinas, quando Tião chegou na Estação Ferroviária, em 1965, acabou seu dinheiro.
Mas foi lá mesmo que ele começou a sua história de contribuição para Campinas. Na Estação, ele conheceu um moço que o levou para conhecer a Rádio Brasil e a partir daí suas amizades ajudaram florescer sua história. “Essa semente só deu frutos por causa dos amigos”, reconheceu.
As mesmas mãos que contribuíram para construir pontos importantes da cidade, também usa a viola para expandir uma cultura tão importante para o país em Campinas, a Folia de Reis. Tião criou em Campinas a Azes do Brasil, legado que herdou da sua família e trouxe de Minas Gerais, há 60 anos.
Ele também se consagrou como um importante compositor da cidade.
Além do legado cultural, Tião também fez história como líder comunitário da Vila Brandina e na construção de uma linda família, com oito filhos e 11 netos. “Quando tinha 18 anos, encontrei uma mulher de um metro e pouquinho de altura, que aceitou casar comigo mesmo eu bebendo muito. E com essa baixinha, tive 8 filhos e 11 netos”, celebrou Tião.
Para eternizar o reconhecimento ao legado de Tião, ele recebeu dois títulos de Cidadão Campineiro, um de Cidadão Carlos Gomes, além de Cidadão Paulistano.
“Saí dos serviços públicos, mas não saí de mim a família que eu construí na Prefeitura”, concluiu.